O aumento do preço dos imóveis, que foi impulsionado pela pandemia e pela busca por mais espaço e conforto durante o isolamento social, deve ter um freio em 2023, segundo especialistas do mercado imobiliário.
De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o preço médio do metro quadrado dos imóveis residenciais novos subiu 10,6% nos últimos 12 meses até setembro de 2021.
Apesar disso, a expectativa é que o mercado imobiliário comece a mostrar sinais de estabilização e de um possível recuo nos preços em 2023.
Um dos motivos para essa expectativa é a redução da oferta de imóveis para vendas, já que muitas incorporadoras tiveram que adiar lançamentos e atrasaram obras durante a pandemia, o que deve limitar a oferta nos próximos anos.
Além disso, a alta nos preços dos insumos, como o aço e o cimento, que encareceu as obras, também deve ter um impacto na oferta de novos empreendimentos imobiliários.
Outro fator que pode influenciar a redução do preço dos imóveis é o aumento da taxa básica de juros, a Selic, que deve tornar o financiamento imobiliário mais caro e limitar o acesso ao crédito.
Apesar da expectativa de estabilização nos preços, o mercado imobiliário deve continuar aquecido nos próximos anos, impulsionado pela retomada da economia e pela busca por imóveis maiores e com mais espaço.