Há anos, a sustentabilidade tem sido um sonho em nossas mentes enquanto planejamos e construímos edifícios. Estamos sempre buscando maneiras emocionantes de utilizar materiais ecológicos, sistemas de reutilização de água, economia de energia, e reciclagem de resíduos para minimizar os impactos negativos no meio ambiente. Infelizmente, ainda enfrentamos desafios como o alto custo e a tecnologia limitada para alcançar a autossustentabilidade em casas no Brasil.
A ideia de casas autossuficientes é fascinante, pois ela surgiu com a tendência de criar construções cada vez mais sustentáveis e autônomas. Os edifícios inteligentes são um exemplo deslumbrante desse tipo de construção, pois eles vão além do caráter sustentável. O objetivo é usar as tecnologias disponíveis de maneira a maximizar os recursos. As casas também seguem um caminho semelhante e as autossuficientes já são tendências em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil. No entanto, ainda há muitos obstáculos a serem superados para que a ideia possa ser estabelecida de maneira eficiente.
O problema é desolador, pois as tecnologias disponíveis em nosso país e em muitos outros lugares não são exatamente compensatórias no quesito custo. Por exemplo, os painéis fotovoltaicos proporcionam uma economia durante o dia, mas durante a noite é necessário investir em baterias que armazenam a energia, o que torna o custo elevado. Mesmo com as placas cada vez mais populares, as baterias disponíveis no Brasil ainda não são satisfatórias para o processo. Além disso, nem sempre investir em apenas uma tecnologia é vantajoso. O ideal seria, por exemplo, associar a energia solar à energia eólica. Assim, em dias nublados, quando a incidência solar não for suficiente, a energia eólica pode suprir parte do necessário.
O quesito água é desafiador, é difícil pensar em uma residência que não seja ligada à rede de abastecimento. A captação e o tratamento da água de chuva são alternativas interessantes, mas há vários obstáculos, como a irregularidade das chuvas durante o ano em várias regiões brasileiras. A melhor opção, então, é reciclar toda a água da residência, o que teria um custo muito elevado (quase como acontece com a água em estações espaciais), mas é preciso admitir que é uma alternativa importante e necessária para o futuro.
O problema é que praticamente todas as ações propostas para casas autossustentáveis têm suas vantagens e desvantagens. Qual seria o impacto ambiental gerado pelas baterias? Não que as casas sejam um problema, elas são uma solução incrível. Entretanto, ao planejar uma casa autossustentável, é preciso enxergar em um contexto maior. O excedente de algumas casas poderia ir para outras, por exemplo, e os impactos podem ser analisados em um contexto mais abrangente. Ainda, é preciso saber escolher as tecnologias adequadas e saber agrupá-las para um resultado melhor. É importante lembrar que cada ação que tomamos pode ter impacto no meio ambiente e é necessário sempre buscar equilíbrio e buscar soluções que beneficiem tanto o meio ambiente quanto a sociedade.
Com a necessidade cada vez maior de viver de forma sustentável, as casas autossuficientes se tornam cada vez mais desejadas. No entanto, o preço e a tecnologia ainda são um grande problema para a implementação desse tipo de construção no Brasil. Ainda assim, é importante lembrar que a mudança de hábitos é o primeiro passo para alcançar uma verdadeira sustentabilidade. Usando tecnologias renováveis e tendo consciência de nossas ações diárias, podemos alcançar um futuro mais verde e saudável para todos.
Fonte: https://blogdaarquitetura.com/casas-autossuficientes/